segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

PASTOR ALEMÃO

2011 - Marcelo Rheingantz com sua Fraya La Blanqueada, do Canil Helomar/Pelotas

 Deutscher Schäferhund (Alemanha), Lobo-da-Alsácia (Portugal) ou Pastor Alemão (Brasil): uma das mais numerosas raças caninas no mundo e no Brasil, e a mais estudada, provem da Alemanha e, provàvelmente, descende de cães pastores de sua região noroeste. Está classificada no FCI como pertencente ao Grupo 1, Seção 1 (cães de pastoreio e boiadeiro, exceto boiadeiros suiços).
1977 - Burck e Rheingantz treinam Odin da Casa dos Arcos, no Canil Helomar
O primeiro Pastor Alemão registrado pertencia ao aposentado da cavalaria alemã, capitão Max von Stephanitz, no século XX. Idealizador e criador da raça, fundador em 1899 do clube hoje WUSV, von Stephanitz nasceu em 30 de dezembro de 1864, alguns anos antes da criação do Império Alemão, falecendo em 1936.
2012 - Balvera com  Yunker, Cláudio com Fraya, no Canil Helomar
As primeiras notícias concretas da raça remontam ao século X, quando monges escoceses fundaram uma abadia no Vale de Münter, na Alemanha. Para lá foi levado um tipo de cão que se misturou aos lobos existentes na região, deste cruzamento surgindo um cão rústico que foi usado pelos camponeses para pastoreio. Em 1891 houve o primeiro movimento conhecido para separar este dos demais cães de trabalho.
2012 - treinamento semanal no NUPPA, Pelotas
O Pastor Alemão foi utilizado pelo exército alemão durante a primeira guerra mundial como mensageiro, batedor e carregador, chamando a atenção dos inimigos que, ao final da guerra, levaram alguns exemplares consigo. Foi popularizado nos EUA e Reino Unido, na TV e no cinema celebrizando-se principalmente em produções como Rin-Tin-Tin.
2012 - Burck com Evora de Don Feliciano, Rheingantz com Fraya La Blanqueada
e Calterio com Elle La Blanqueada, no Canil Helomar
Na década de 1970 já era uma das raças mais difundidas no mundo mas, devido a acasalamentos indiscriminados, surgiram animais problemáticos, mais propensos às doenças comuns como a mielopatia degenerativa e a displasia coxofemural. Os problemas surgidos motivaram estudos, tornando-a uma das poucas raças caninas, se não a única, cujos criadores  e melhoristas investem contínua e sèriamente no controle da displasia coxo femural e de cotovelo, bem como no controle do temperamento, resultando na identificação de diversas linhagens de cães bonitos, robustos, fortes, com pouca ou nenhuma displasia, e temperamento adequado às funções para as quais se destina, ou seja, um cão de guarda e de companhia, um cão de agressividade  controlada necessária para fazer a defesa do território e das pessoas que guarda.
1987 - Cláudio Burck e Mosca do Vale da Neblina, no Canil Helomar

A divisão existente na criação da raça, e que criou cães de estrutura e cães e trabalho, hoje já não é tão estanque. O Pastor Alemão não é um cão da moda, sendo considerado o cão policial e militar mais completo principalmente por sua lealdade, agilidade, inteligência, cautela e amizade.
2012 - Confraternizando após o treinamento, NUPPA
Como cão de pastoreio, em provas de obediência, de localização e de agilidade, é muito bem sucedido, seu adestramento não representando dificuldade mesmo para pastoreiros inexperientes face à sua reconhecida inteligência, afetividade, e inabalável lealdade. É fiel e verdadeiro até a morte, nunca ocioso sempre em movimento, é bondoso mas não bajulador: um constante prazer para olhos e alma.
2012 - Cláudio Burck com Thena Laçador

Texto adaptado de www.pastoralemao..com.br ,  www.pastoralemao.info/  e www.wikipedia.org/wiki , em janeiro de 2013.


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sábado, 26 de janeiro de 2013

BOXER PARA TODOS

Marcelo Rheingantz com a matriz Donna, do Canil Helomar - 2012
No final do século XIX um grupo de cinófilos alemães procurava obter, através do cruzamento de um cão antigo, conhecido como Bullenbeisser, com o do Buldogue Inglês, uma raça de características homogêneas e elegantes.

Um cão com as características do atual Boxer foi apresentado em Munich, cidade alemã da região da Bavária, que acasalou com uma Bulldog, resultando cães de queixo desenvolvido, orelhas altas e ossos fortes. Mediante diversos cruzamentos entre eles com a finalidade de eliminação dos excessos de cor branca, proveniente do bulldog, obteve-se a coloração desejada, o louro ou dourado, além disso e principalmente reduzindo a robustez e conformação pesada na busca de uma constituição mais ágil e elegante. O Bullenbeisser era um cão de pelagem dourada ou tigrada, constituição física maciça, cabeça grande, e musculatura exagerada.

Em 1896, fundou-se o primeiro clube do Boxer, em Munich, a partir daí os formadores da raça concluindo pela necessidade de eliminar-se por completo todas as características do bulldog que poderiam desvalorizar o boxer ideal, procurando fixar o dourado e o tigrado como cor padrão em detrimento do branco. O resultado foi um cão harmonioso, elegante e potente, compacto e de forma quadrada, com ossatura pesada e pelagem curta. A musculatura plástica, poderosamente desenvolvida e nitidamente definida, confere-lhe o aspecto atlético e nobre que conhecemos.
De estatura média para grande, os machos devem medir em torno de 60 cm, os que excederem essa medida pesando mais de 30 quilos. As fêmeas, um pouco menores, medem cerca de 55 cm, aquelas que ultrapassarem essa medida pesando mais de 25 quilos.
Marina Burck e parte da ninhada do Canil Helomar - 2012
Dócil no meio familiar, não é um cão de um único dono festejando a todos que o cercam alegremente. Com crianças sua dedicação é incrível e, muitas vezes sem conhecê-las, cuida e brinca como se fossem as “crianças da casa”. Vale lembrar que a aparente docilidade não significa que serem bonachões: o Boxer é um eficiente e valente cão de guarda, fiel e muito ligado ao seu dono e território, um intrépido e corajoso guardião dotado de ataque potente facilitado pela projeção de sua mandíbula e, ao atacar, somente desiste se acionado por seu dono ou vencido pela morte.

Com excelente olfato e docilidade aliados à sua grande energia, o Boxer é um cão fácil de ensinar. Embora não tão popular nos dias de hoje, mantém-se entre as dez raças mais registradas no Brasil, agradando aos mais variados gostos devido à sua versatilidade e temperamento tolerante, principalmente aqueles que procuram aliar guarda e companhia numa única raça. A cor da pelagem hoje reconhecida pelos padrões oficiais da raça é o dourado e o tigrado, no entanto a participação de cães de pelagem branca vem crescendo muito e alguns cães de pelagem negra já começarem a ser criados podendo, certamente, mudar a concepção atual das cores permitidas a médio prazo.
Marcelo Rheingantz & amiga, com lindos boxerzinhos do Canil Helomar - 2012
O Boxer não late a toa, gostando de estar perto do dono mesmo não solicitando atenção a toda hora. Embora ativo, não é espaçoso: um quintal ou um corredor satisfazem suas necessidades, havendo declarações de proprietários que os têm em apartamento de que “vivem bem e não incomodam”. A pelagem curta favorece a condição de higiene e, não exalando aquele "cheirinho forte de cachorro" e não latindo à toa, é fácil criá-lo nesses ambientes. Adora passear,  mas nada que precise ser longo ou cansativo.
Luisa Burck, com um excelente filhote da ninhada do Canil Helomar - 2012
Seus ancestrais, os "Bulldog" ingleses, eram usados em competições com touros na Inglaterra. Depois, os próprios Boxer foram utilizados para caça de animais de grande porte como ursos, hoje sendo admirados por seu companheirismo e senso de proteção para com o proprietário.

Quer saber mais sobre a raça Boxer? Clique nos artigos consultados para esta postagem: