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Marcelo Rheingantz com a matriz Donna, do Canil Helomar - 2012 |
No
final do século XIX um grupo de cinófilos alemães procurava obter, através do
cruzamento de um cão antigo, conhecido como Bullenbeisser, com o do Buldogue
Inglês, uma raça de características
homogêneas e elegantes.
Um cão com as
características do atual Boxer foi apresentado em Munich, cidade alemã da
região da Bavária, que acasalou com uma Bulldog, resultando cães de queixo
desenvolvido, orelhas altas e ossos fortes. Mediante diversos cruzamentos entre
eles com a finalidade de eliminação dos excessos de cor branca, proveniente do
bulldog, obteve-se a coloração desejada, o louro ou dourado, além disso e
principalmente reduzindo a robustez e conformação pesada na busca de uma constituição
mais ágil e elegante. O Bullenbeisser era um cão de pelagem dourada ou tigrada,
constituição física maciça, cabeça grande, e musculatura exagerada.
Em 1896, fundou-se
o primeiro clube do Boxer, em Munich, a partir daí os formadores da raça concluindo
pela necessidade de eliminar-se por completo todas as características do
bulldog que poderiam desvalorizar o boxer ideal, procurando fixar o dourado e o
tigrado como cor padrão em detrimento do branco. O resultado foi um cão
harmonioso, elegante e potente, compacto e de forma quadrada, com ossatura
pesada e pelagem curta. A musculatura plástica, poderosamente desenvolvida e
nitidamente definida, confere-lhe o aspecto atlético e nobre que conhecemos.
De estatura média
para grande, os machos devem medir em torno de 60 cm, os que excederem essa
medida pesando mais de 30 quilos. As fêmeas, um pouco menores, medem cerca de
55 cm, aquelas que ultrapassarem essa medida pesando mais de 25 quilos.
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Marina Burck e parte da ninhada do Canil Helomar - 2012 |
Dócil no meio
familiar, não é um cão de um único dono festejando a todos que o cercam
alegremente. Com crianças sua dedicação é incrível e, muitas vezes sem
conhecê-las, cuida e brinca como se fossem as “crianças da casa”. Vale lembrar
que a aparente docilidade não significa que serem bonachões: o Boxer é um
eficiente e valente cão de guarda, fiel e muito ligado ao seu dono e
território, um intrépido e corajoso guardião dotado de ataque potente
facilitado pela projeção de sua mandíbula e, ao atacar, somente desiste se
acionado por seu dono ou vencido pela morte.
Com excelente
olfato e docilidade aliados à sua grande energia, o Boxer é um cão fácil de
ensinar. Embora não tão popular nos dias de hoje, mantém-se entre as dez raças
mais registradas no Brasil, agradando aos mais variados gostos devido à sua
versatilidade e temperamento tolerante, principalmente aqueles que procuram
aliar guarda e companhia numa única raça. A cor da pelagem hoje reconhecida
pelos padrões oficiais da raça é o dourado e o tigrado, no entanto a
participação de cães de pelagem branca vem crescendo muito e alguns cães de
pelagem negra já começarem a ser criados podendo, certamente, mudar a concepção
atual das cores permitidas a médio prazo.
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Marcelo Rheingantz & amiga, com lindos boxerzinhos do Canil Helomar - 2012 |
O Boxer não late a
toa, gostando de estar perto do dono mesmo não solicitando atenção a toda hora.
Embora ativo, não é espaçoso: um quintal ou um corredor satisfazem suas
necessidades, havendo declarações de proprietários que os têm em apartamento de
que “vivem bem e não incomodam”. A pelagem curta favorece a condição de higiene
e, não exalando aquele "cheirinho forte de cachorro" e não latindo à
toa, é fácil criá-lo nesses ambientes. Adora passear, mas nada que precise ser longo ou cansativo.
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Luisa Burck, com um excelente filhote da ninhada do Canil Helomar - 2012 |
Seus ancestrais, os
"Bulldog" ingleses, eram usados em competições com touros na
Inglaterra. Depois, os próprios Boxer foram utilizados para caça de animais de
grande porte como ursos, hoje sendo admirados por seu companheirismo e senso de
proteção para com o proprietário.
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